Oratório da Casa Dom Bosco cria laços e sustenta a unidade comunitária
O oratório festivo da Obra Social Casa Dom Bosco, em Campo Grande, MS, abre suas portas todos os sábados, das 14 às 16h30, e acolhe a vizinhança como quem acolhe velhos conhecidos. O local é a periferia pobre da capital sul-mato-grossense, no bairro Taquaral Bosque.  A frequência constante revela que 80% dos participantes são alunos ou ex-alunos, o que confirma um vínculo antigo, desses que não desaparecem com o tempo e que retornam sempre ao mesmo pátio, como se ali estivesse guardada uma parte de suas próprias histórias.

Continuidade da rotina semanal
O oratório estende a vida da semana e reúne entre 30 e 70 crianças e jovens, de 8 a 16 anos. Eles voltam ao espaço como quem volta a um capítulo interrompido, e meninas e meninos se misturam na convivência forjada no ambiente educativo, onde cada gesto deixa um traço de permanência.

Três salesianos em etapa de pós-noviciado (João Diego, Pablo Gomes e Valério Roberto) assumem a coordenação das atividades. Eles somam esforços aos trabalhos da instituição e conduzem o oratório com presença constante. A familiaridade do ambiente cresce ao redor deles, que orientam e acompanham, sem necessidade de trombetas ou solenidades.

Família Salesiana reforça a unidade
A comunhão entre os salesianos e a Família Salesiana surge como um fio que costura o tecido das ações. Os grupos da ADMA e dos Salesianos Cooperadores agem em sintonia, e o espírito de unidade se afirma nos pequenos gestos. Eles oferecem propostas dinâmicas e mantêm uma presença acolhedora, que lembra um cuidado maternal e paternal entre os jovens, como se cada palavra fosse um abrigo e cada presença, uma mão estendida.

Esportes, espiritualidade e integração
O oratório oferece futsal, vôlei, basquete, pebolim, pingue-pongue e jogos de mesa. As boas-tardes seguem os calendários litúrgico e da Santidade Salesiana, e os salesianos da casa conduzem esse momento com ritmo formativo, como quem oferece ao dia uma pequena lição envolta em simplicidade.

Os jovens demonstram adesão crescente à espiritualidade salesiana e incorporam valores, práticas e dinâmicas próprias de uma casa de Dom Bosco. Eles reconhecem o método educativo e levam seu modo de ser para o cotidiano, como se cada ensinamento colhido no pátio encontrasse guarida na vida, e assim a identidade da obra se afirma neles, com a discrição e a firmeza das coisas que realmente enraízam.

Comunidade de Sangradouro fortalece iniciativas e promove novas ações no Oratório São José
O Oratório Salesiano São José abre suas portas aos domingos, das 13h30 às 17h30, na presença salesiana de Sangradouro, em General Carneiro, MT, e recebe de 160 a 220 oratorianos da etnia xavante sob o olhar atento dos missionários salesianos e de voluntários leigos e jovens. As atividades começam com oração e avançam para jogos de futsal, pebolim, basquete, futebol de campo, pintura e confecção de “bolseirinhas”, enquanto o dia se encerra com a mensagem de “boa-tarde” e um lanche.

Oratório itinerante alcança aldeias maiores
A comunidade missionária também conduz um oratório itinerante uma ou duas vezes por mês e leva suas ações para aldeias maiores como Marimbú e Tsorépré. Os recursos surgem da própria comunidade e se ampliam com doações ocasionais de amigos e voluntários, enquanto salesianos de outras comunidades se unem ao esforço. O sonho de aproximar o oratório dos critérios salesianos de casa, escola, igreja e lugar de fraternidade se afirma como objetivo permanente.

Novas iniciativas
A comunidade local inaugura novas ações com apoio financeiro dos Salesianos Cooperadores da Espanha e abre novas possibilidades para crianças, adolescentes e jovens xavante da presença missionária. A primeira iniciativa amplia os espaços de lazer com mesas de jogos e materiais esportivos, entre bolas, redes e mesa de pingue-pongue, e busca reduzir o uso dos celulares ao fortalecer os vínculos entre os oratorianos, como se cada jogo oferecesse uma pausa no mundo e um retorno à convivência.

A segunda ação cria uma sala com flautas, violões e teclados e apresenta aos jovens um território onde a música revela o que a fala não alcança. O missionário salesiano padre Joseph Tran Van Lich afirma:“sabemos que as músicas nos ajudam a expressar às vezes o que nem as palavras conseguem. O sonho é que os oratorianos cresçam mais no próprio dom musical que receberam de Deus”, e suas palavras soam como convite à descoberta interior.