Julia Kelm começou a sua caminhada na Família Salesiana, em 2010, quando ingressou no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Campo Grande, MS – a mesma escola também frequentada por sua mãe. Em 2016, Julia entrou definitivamente para a Articulação da Juventude Salesiana (AJS), chegando ao cargo de vice-coordenadora. Em entrevista ao Boletim Salesiano, ela conta quais as lembranças que traz do tempo de escola, o que pensa sobre a AJS e como vive a espiritualidade salesiana em seu dia a dia.
Quais são as principais lembranças que você traz do tempo de aluna salesiana?
Nunca me esqueço da presença das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) no pátio, no intervalo das aulas. Além da Pastoral, que prendeu meu coração e nunca mais soltou. Qualquer lembrança dessa época, desde as acolhidas, os eventos do Mês Mariano, as idas à capela... todas essas e várias outras carrego comigo como uma parte especial do caminho que trilhei para ser a pessoa que sou hoje.
Como você chegou à AJS e quais são as atividades que você exerce hoje?
Minha caminhada na AJS chega a ser um pouco engraçada, até porque no início eu nem sabia o que era e, quando dei por mim, já estava em um encontro representando o colégio. Mas, brincadeiras à parte, posso dizer que entendi melhor a AJS e comecei a participar mesmo em 2016, por meio de uma votação do nosso antigo conselho inspetorial, na época recém-criado, em meados de agosto de 2016. Cheguei ao cargo de vice-coordenadora nesse dia. Hoje, estou saindo do cargo de coordenadora do Regional Centro-Oeste da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida muito feliz por tudo que vivi, continuando minha caminhada no Conselho Regional.
O que mais a encanta na AJS?
A alegria de ser jovem e ser cristã. Falo das duas porque sinto que o jovem salesiano conseguiu entender que você pode ser jovem sem deixar de viver a espiritualidade e acreditar em Deus; e quando você une esses dois só posso dizer que é uma experiência única. Um exemplo disso foi quando participei do Congresso Nacional da AJS, em 2017, em Brasília, DF. Ser um jovem salesiano já é uma alegria, e encontrar mais jovens que pensam e acreditam como eu foi surreal.
Como você vive a espiritualidade salesiana em seu dia a dia?
Durante minha caminhada pastoral, aprendi que a espiritualidade salesiana é algo que se emaranha no mais íntimo do seu ser. Seja no ‘bom-dia’ com um sorriso amigável, no ombro amigo que ofereço, na oração que rezo por aquele que se mostra aflito por algum motivo, a todo momento a espiritualidade se faz presente. Cada ato é um gesto de amor para com o próximo.
Como você enxerga a figura de Dom Bosco?
Sinceramente, como um paizão. Foi ele quem começou tudo. Eu tenho admiração pelo esforço que ele colocou no projeto de fundação da Congregação Salesiana àquela época e em como cativou tantos jovens. Se não fosse por ele e por seu sonho (que tem mais de 130 anos e ainda está vivíssimo), não estaríamos aqui.
O que mais chama a sua atenção nos ambientes salesianos?
Duas coisas são as principais para mim: a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora em algum cantinho do ambiente, nem que seja uma foto pequena; e o sorriso que a pessoa que está ali abre ao te ver. Agora, em tempos de pandemia, posso dizer que os olhos sorriem e é a mais pura verdade.
Que lição você tem procurado tirar deste tempo de pandemia?
Que não importa como as coisas estejam, você sempre terá Deus ao seu lado. Ele é o único que nunca o abandonará ou desistirá de você. Em momentos de afastamento, isso foi algo que me prendeu muito.