Nesta edição, a coluna “Juventude em Pauta” traz o testemunho da jovem Thayza Rodrigues Marinho, de 28 anos. Thayza é ex-aluna salesiana e atualmente trabalha como fisioterapeuta, profissão que exerce com dedicação e espírito salesiano.
Quando e como você conheceu a Família Salesiana?
Sou ex-aluna do Colégio Imaculada Conceição (FMA), em Corumbá, MS. Entrei no colégio em 1997, aos 3 anos, e costumo brincar que nunca mais saí! Foram 11 anos estudando lá. Estava sempre visitando a casa em dias de festas, principalmente no dia da coroação de Nossa Senhora Auxiliadora, preparada pelos ex-alunos. Depois, retornei algumas vezes como profissional para ministrar palestras e realizar serviço pastoral.
Quais são as atividades que você exerce na Articulação da Juventude Salesiana (AJS)?
Atualmente, sou coordenadora do Conselho Local em Campo Grande, no Colégio Auxiliadora. A AJS é minha motivação espiritual. Estive por dois anos afastada das atividades da AJS. Continuava indo à igreja, cumprindo preceito com a santa missa, cheguei a assumir outros serviços na paróquia que frequentava, mas sentia que faltava algo para me preencher. No final de 2021, em um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, senti um chamado muito forte e, no mês seguinte, tive o convite para retornar ao grupo da AJS. Quando voltei, meu coração se acalentou e eu entendi que era isso o que me faltava.
Quais são as principais lembranças que você traz do tempo de aluna salesiana?
São tantas lembranças! Mas a mais marcante de todas, sem dúvidas, é o mês de maio. Era sempre um mês de festa na casa. A ansiedade tomava conta do coração no dia de coroação de Nossa Senhora Auxiliadora. Havia a Gincana Mariana, a tradicional “chocolatada” com pão doce, jogos e momentos com a família. Havia dedicação, salesianidade e, acima de tudo, havia amor; e eu cresci cultivando esse amor. Um amor inexplicável, que muitas vezes escorre pelo rosto na lembrança de tudo que vivi naquela escola.
Como você vive a espiritualidade salesiana em seu dia a dia?
No meu dia a dia estou rodeada de pessoas doentes, que estão em busca de uma reabilitação, que veem no meu trabalho a esperança de reestabelecer a saúde. Muitas vezes, são pessoas idosas, que a família já não tem mais paciência de estar junto, e aí entra a minha espiritualidade salesiana, de me dedicar ao outro, ouvir, ter empatia, ser solidária, dar amor por meio do meu trabalho. Tudo isso se estende às outras pessoas de minha convivência. Dom Bosco e Madre Mazzarello são referências de amor e dedicação ao próximo, de que o serviço precisa ser feito de forma espontânea e de coração aberto.
Quais são seus planos para os próximos anos?
Ainda esses dias brinquei com a irmã Solange Sanches que tenho dois anos para revigorar na AJS o que a pandemia abalou (após os 30 anos, não podemos mais assumir coordenação, segundo os Princípios Norteadores da AJS). Muitos jovens se afastaram do grupo, agora é o momento para a gente tentar reaproximar os antigos e arrebanhar novos jovens. Desempenhar novos projetos e plantar a sementinha da AJS no coração dos jovens.
Que lição você tirou da pandemia da Covid-19?
A maior lição de todas foi a de que a vida é um sopro! Quantas pessoas se foram com essa terrível doença? Precisamos viver o hoje, o agora. Amar, abraçar, conversar, servir, fazer aquilo que o coração deseja! E também pude entender que nós sempre estamos precisando do outro.