Dom Bosco gastou “até o seu último suspiro” pelo bem dos jovens. Em virtude da missão que abraçou em prol da juventude, especialmente a mais carente e necessitada, no centenário de sua morte (31 de janeiro de 1988) o Papa João Paulo II o proclamou Pai e Mestre da Juventude.
São muitas as frases de São João Bosco que demonstram esse carinho e essa dedicação: “Basta que vocês sejam jovens para que os ame muito”, escreveu ele em O jovem instruído. “Eu não quero outra coisa dos jovens, senão que sejam bons e estejam sempre alegres”, “A minha vida está consagrada ao bem-estar dos jovens pobres” ou “Eu daria tudo para ganhar o coração dos jovens e assim poder presenteá-los ao Senhor”, recordam as Memórias Biográficas.
Mas, como inspiração para a matéria sobre juventude deste Boletim Salesiano especial em homenagem a Dom Bosco, escolhemos a frase: “Não basta amar os jovens, é preciso que eles saibam que são amados”. Isso porque ela expressa um dos aspectos mais inovadores da proposta educativa e pastoral salesiana: Dom Bosco não apenas trabalhou pelos jovens, mas trabalhou com eles. Demonstrou, em todos os momentos, sua enorme confiança nos jovens como capazes de transformar sua própria realidade de vida e a sociedade que os rodeava. E fez questão de que cada um desses jovens tomasse consciência de que, como ser amado por Deus, possuía essa capacidade.
Nesse sentido, para Dom Bosco, o associacionismo juvenil era algo indispensável. E essa organização, embora promovida pelos educadores, deveria ser iniciativa dos próprios jovens. Seguindo os passos do fundador, a Pastoral Juvenil Salesiana atualmente incentiva o protagonismo juvenil, o voluntariado educativo, as missões juvenis e aqui no Brasil, de forma especial, as atividades da Articulação da Juventude Salesiana (AJS).