“As primeiras testemunhas da ressurreição são as mulheres. E isso é bonito. Esta é um pouco a missão das mulheres”, disse o Papa Francisco na segunda audiência geral de seu Pontificado. Assim, inspiradas na doação e cuidado de Maria, Mãe de Deus, cuja celebração acontece anualmente em 1º de janeiro, a presença feminina nas obras sociais salesianas de todo o Brasil traz conforto e acolhimento materno a mais de 84 mil crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade que passam diariamente pelas obras da Congregação.
“Ser testemunhas da ressurreição nos dias de hoje é trazer a luz da vida e da esperança. Essa é a missão que cada uma de nós traz consigo ao assumir o compromisso de cuidar da vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens mais vulneráveis. É colocar a ternura e o vigor feminino em favor da vida”, diz a diretora-executiva da Rede Salesiana Brasil (RSB), irmã Silvia Aparecida da Silva.
Hoje, só no Brasil, são mais de 1.300 colaboradoras e voluntárias, entre leigas e consagradas, que trabalham incansavelmente nas obras sociais salesianas pela promoção e garantia dos direitos da juventude, acolhendo, para além da criança, suas histórias, feridas e dores, promovendo a bondade, a fé e a valorização da vida por meio da ressignificação de cada história. Nesse contexto, são incontáveis os ex-atendidos que retornam às obras sociais que os acolheram para apoiar o trabalho de transformação das próximas gerações.
Raimunda Silva Corrêa Barroncas é um exemplo disso. Em 1999, ela e a irmã de 7 anos viram os pais se separarem e, para que a mãe pudesse trabalhar, as meninas precisavam ficar sozinhas em casa. Foi nessa realidade que elas foram acolhidas pela obra social salesiana de Manaus, onde puderam continuar estudando, fazendo as refeições do dia e, com o passar dos anos, frequentar cursos profissionalizantes.
"Entrei para o Projeto Viva a Vida, e comecei a trabalhar como auxiliar de dentista. Foi uma realização só de saber que iria ajudar minha mãe em casa financeiramente. Daí, fui criando uma responsabilidade e as oportunidades começaram a aparecer. Aos 18 anos, fui contratada para trabalhar na Sede Inspetorial da Inspetoria Laura Vacuña, como auxiliar administrativa. O meu amor é tão grande por esta obra que, depois de sair do meu trabalho, às 17h, ainda ia para a obra trabalhar com as famílias como auxiliar de informática, uma outra área pela qual me apaixonei. Ali, comecei a dar aula de Informática Básica e Avançada para as crianças e os adolescentes da comunidade. Minha vida mudou completamente! Criei minha independência e hoje estou no setor de projetos”, diz Raimunda, agora assistente administrativa do Setor de Projetos da Obra Social Salesiana Casa Mamãe Margarida de Manaus, AM, obra que se dedica à proteção básica e de alta complexidade às meninas do Estado do Amazonas.
“Se não fossem as irmãs salesianas (Filhas de Maria Auxiliadora), não sei qual seria o meu futuro hoje. Elas foram fundamentais em minha vida, assim como os educadores da época. Sou grata por tudo e hoje tento proporcionar às crianças e aos adolescentes da instituição o amor recebido de cada um”, completa Raimunda.
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