Salesianidade

O salesiano irmão Artêmides Zatti é declarado santo

Agência Info Salesiana – ANS / Fotos: Dicastério da Comunicação – SDB
“O salesiano coadjutor Artêmides Zatti foi um exemplo vivo de gratidão”. Com estas palavras, o Papa Francisco indicou a todos os fiéis o modelo do "santo enfermeiro" e "parente de todos os pobres", no dia em que proclamou a sua santidade perante a Igreja Católica.

Eram pouco mais de 10 horas (horário da Itália) quando teve início, em 9 de outubro, a celebração eucarística com o rito de canonização do salesiano coadjutor Artêmides Zatti e de dom João Batista Scalabrini, bispo e fundador da Congregação dos Missionários de São Carlos e da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu.

Após o cântico de entrada e a entoação do hino em honra ao Espírito Santo, o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, se dirigiu ao Santo Padre para apresentar o pedido formal para canonizar os dois beatos. O cardeal estava acompanhado pelos postuladores, padre Graziano Battistella, CS, e padre Pierluigi Cameroni, SDB.

Em seguida, a praça, com a presença de cerca de 50 mil fiéis, invocou, com as Ladainhas dos Santos, a participação de toda a Igreja para acompanhar a inscrição dos dois beatos no Livro dos Santos.

“Rezemos para que esses nossos irmãos ‘santos’ nos ajudem a caminhar juntos, sem muros de divisão; e a cultivar essa nobreza da alma tão agradável a Deus chamada gratidão".

Declarados santos
Às 10h30, o Papa Francisco pronunciou, em latim, a solene fórmula da canonização, com a qual declarou e definiu ‘santos’ João Batista Scalabrini e Artêmides Zatti. A proclamação foi acompanhada por um grande aplauso dos fiéis, seguido pela incensação e deposição, aos pés da imagem de Nossa Senhora, das insignes relíquias dos dois novos santos.

Foi retomada a liturgia eucarística dominical, concelebrada por vários cardeais, arcebispos, bispos e sacerdotes, muitos deles Salesianos de Dom Bosco e o Reitor-mor, padre Ángel Fernández Artime. No momento da homilia, o Papa aprofundou as leituras do 28º Domingo do Tempo Comum e dois aspectos foram particularmente enfatizados pelo Pontífice: o caminhar juntos e a gratidão.

Cuidar dos migrantes
De dom Scalabrini, que fundou uma congregação para o cuidado dos migrantes, o Papa lembrou uma citação para afirmar que “no caminhar comum daqueles que emigram, é preciso não ver só problemas, mas também um desígnio da Providência”. “Precisamente por causa da migração forçada pelas perseguições, a Igreja superou as fronteiras de Jerusalém e de Israel e tornou-se ‘católica’; graças às migrações de hoje, a Igreja será instrumento de paz e comunhão entre os povos” (G. B. Scalabrini, A emigração dos trabalhadores italianos, Ferrara, 1899). O Pontífice refletiu sobre a migração forçada da qual a população ucraniana é vítima: “não esqueçamos, hoje, a atormentada Ucrânia”.

Exemplo vivo de gratidão
Sobre o salesiano irmão Artêmides Zatti, o Papa reiterou: “Por sua vez, o salesiano irmão Artêmides Zatti, com sua bicicleta, foi um exemplo vivo de gratidão: curado da tuberculose, dedicou toda a sua vida a ajudar os outros, a cuidar com amor e ternura dos doentes. Conta-se que o viram carregar nos ombros o corpo morto de um dos seus doentes. Cheio de gratidão por tudo o que havia recebido, quis dizer o seu ‘obrigado’ ocupando-se das feridas dos outros”.

A homilia do Santo Padre terminou com uma exortação: “Rezemos para que esses nossos irmãos ‘santos’ nos ajudem a caminhar juntos, sem muros de divisão; e a cultivar essa nobreza da alma tão agradável a Deus chamada gratidão".

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