Zeferino Namuncurá nasceu em Chimpay, na Argentina, em 26 de agosto de 1886. Ele era filho do último grande cacique Mapuche, Manuel Namuncurá. Quando estudou no Colégio Salesiano Pio IX, na capital Buenos Aires, viveu dois episódios que transformariam sua vida.
O primeiro foi a leitura da biografia de São Domingos Sávio, escrita por Dom Bosco, que lhe trouxe um modelo da vida que gostaria de seguir. Outro acontecimento foi a sua primeira comunhão, em 1898, na qual selou “um pacto de absoluta fidelidade com seu grande amigo Jesus”.
Compromisso
Em uma das frases mais conhecidas de Zeferino, ele afirma: “Quero estudar para ser útil ao meu povo”. E não era qualquer estudo! Ele desejava ser salesiano sacerdote. De fato, Zeferino conseguiu integrar a sabedoria herdada de seus antepassados com a vivência cristã. Longe de negar sua origem indígena, dela tirava sua certeza vocacional.
Em 2017, quando foram celebrados os dez anos da beatificação de Zeferino Namuncurá, o Papa Francisco escreveu uma carta na qual recorda esse compromisso assumido pelo jovem Mapuche. Para o Papa Francisco, o sacerdote deve sempre se identificar com o seu povo, de tal maneira que o seu tempo, a sua vida e a sua pessoa existam para os seus irmãos.
Santidade juvenil
Zeferino Namuncurá também é um exemplo no caminho de santidade indicado por Dom Bosco a seus alunos e seguidores. Durante os cinco anos em que ficou no colégio salesiano, se empenhou muito na piedade e na caridade. Fazia seus deveres com dedicação, cumpria seus compromissos de estudo e oração, buscava manter a paz e a fraternidade entre os alunos. Tudo isso com a alegria salesiana, o que foi testemunhado por colegas e professores.
História
Quando tinha 16 anos, Zeferino foi aceito por Dom Cagliero como membro do grupo de aspirantes salesianos e foi para a Itália, onde poderia continuar os estudos de maneira mais aprofundada. Encontrou com o Papa Pio X, que o abençoou, e com o padre Miguel Rua, primeiro sucessor de Dom Bosco, que o incentivou a perseverar na formação para se tornar salesiano.
Porém, Zeferino foi acometido pela tuberculose, uma doença que na época era fatal. Zeferino faleceu em 1903 e desde 1924, seus restos mortais repousam no santuário de Fortín Mercedes, na Argentina. Multidões de peregrinos vão ao local todos os anos para venerá-lo. A fama de santidade espalhou-se pela América do Sul, em especial entre os povos indígenas. Zeferino Namuncurá foi declarado venerável pelo Papa Paulo VI, em 1972, e depois beatificado pelo Papa Bento XVI, em 2007.
O jovem Zeferino foi um adolescente capaz de viver a santidade em seu cotidiano. Passados mais de 130 anos de seu nascimento, seu exemplo de vida é ainda muito atual.
Para saber mais sobre o Beato Zeferino Namuncurá, faça o download gratuito da biografia escrita por Renata Carraro, pelo link abaixo:
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