“Nos passos de Dom Bosco”

Li, com alegria, a matéria do Boletim Salesiano que trata da possibilidade de se alcançar a santidade “nos passos de Dom Bosco” (É possível ser santo nos passos de Dom Bosco? Fernando Campos Peixoto, SDB: Boletim Salesiano – julho de 2021, p. 14-15).

Verifiquei a exatidão das colocações do salesiano Fernando Campos Peixoto, sobretudo ao afirmar: “Gastou a sua vida pelo outro, especialmente pelos jovens pobres e abandonados de Turim”. Há exatidão nisso por dois motivos: primeiro, porque não há maior amor que doar sua vida pelo irmão; segundo, porque na doação aos jovens consiste o caminho de santidade para o salesiano.

Em curso ministrado no nordeste salesiano, do qual participaram três padres salesianos e seis Filhas de Maria Auxiliadora, não duvidei declarar e defender a tese de que o salesiano não se santifica se não estiver com os jovens, se não se dedicar aos jovens. Houve uma primeira reação dos presentes, mas aos poucos todos puderam verificar a qualificação da afirmação.

Cada congregação religiosa, surgida na Igreja por inspiração divina, atende a uma necessidade do Reino de Deus. Os Salesianos surgiram, com plena evidência, para a juventude: a vida de Dom Bosco, enquanto teve saúde, não esteve um momento distante dos jovens.

O autor do artigo citado diz que são três os passos do salesiano rumo à santidade: alegria, trabalho bem feito e criatividade em conquistar almas para Deus. Por tudo quanto vivi e estudei com os maiores mestres da espiritualidade salesiana, não receio dizer: o Salesiano não se santifica se não viver para os jovens e com os jovens.

Com uma saudação.

João Bosco de Castro Teixeira, ex-Salesiano, professor aposentado, especialista em Pedagogia da Presença.