Santidade Salesiana

Santa Maria Troncatti, rogai por nós!

Em 19 de outubro, Dia Mundial das Missões, o Papa Leão XIV canonizou a Irmã Maria Troncatti. Ela é a primeira Filha de Maria Auxiliadora, depois de Santa Maria Domingas Mazzarello, a ter sua santidade reconhecida pela Igreja.
Com informações: Portal FMA, ANS e Vatican News

O dia 19 de outubro, Dia Mundial das Missões, foi a data escolhida pelo Papa Leão XIV para a canonização de sete novos santos da Igreja, incluindo Santa Maria Troncatti, a primeira Filha de Maria Auxiliadora (FMA), depois de Santa Maria Domingas Mazzarello, a ser canonizada.

A celebração foi realizada na Praça São Pedro, no Vaticano, com a participação de cerca de 70.000 fiéis, provenientes de todas as partes do mundo. Em sua homilia, o Papa Leão XIV destacou a Irmã Maria Troncatti como “evangelizadora e missionária”, e declarou que os novos santos e santas não foram heróis ou paladinos de algum ideal, mas “homens e mulheres autênticos” que “se tornaram lâmpadas capazes de difundir a luz de Cristo”.

Por fim, o Pontífice ressaltou que a canonização de novos santos não é apenas um momento de festa, mas um convite a viver a fé autenticamente, alimentando-a com a oração e transformando-a em obras de amor e justiça: “O Senhor nos escuta e nos transforma, para que possamos nos tornar instrumentos da sua paz”.

Celebrações
A Casa Geral das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), em Roma, Itália, sediou em 17 de outubro a abertura solene das celebrações pela canonização de Irmã Maria Troncatti. O evento marcou um momento “extraordinário” de preparação e um forte apelo vocacional para o Instituto das FMA e para toda a Família Salesiana.

A assembleia contou com a presença de diversas autoridades da Igreja e da Família Salesiana. Entre os convidados principais estavam Madre Chiara Cazzuola, Madre-Geral das FMA, e o Reitor-Mor, padre Fabio Attard. Participaram também o Postulador Geral, padre Pierluigi Cameroni, 14 bispos vindos do Equador, um bispo armênio, o Inspetor do Equador, padre Marcelo Farfán, e representantes da comunidade indígena Shuar, a quem a Irmã Troncatti dedicou toda a sua vida missionária.

A presença dos prefeitos de Sucúa, no Equador, e de Corteno Golgi, na Itália — cidade natal de Irmã Maria — reforçou o alcance universal da mensagem deixada por ela. Estiveram presentes ainda numerosas inspetoras das Filhas de Maria Auxiliadora de diferentes partes do mundo.

“Os novos santos e santas não foram heróis ou paladinos de algum ideal, mas homens e mulheres autênticos que se tornaram lâmpadas capazes de difundir a luz de Cristo.”

Madre Chiara Cazzuola descreveu Irmã Maria como uma “pessoa carismática” que encarnou a força do carisma salesiano “no feminino como um dom para a Igreja, para os jovens e, em particular, para os pobres e os pequenos da selva equatoriana”. Apesar da idade avançada, seu rosto transmitia “grande maternidade e um charme atraente”.

Padre Fabio Attard destacou a atualidade da figura de Irmã Troncatti, uma mulher que fala com força ao nosso tempo, oferecendo respostas concretas sobre como viver uma vida significativa e construir pontes em uma sociedade fragmentada. Na selva da Amazônia equatoriana, Irmã Maria escolheu “deliberadamente ser mediadora, construir o diálogo, oferecer a reconciliação” entre colonos e populações indígenas, cuidando de todos sem distinção.

Padre Pierluigi Cameroni destacou a importância de fazer uma “memória agradecida” a todos aqueles que contribuíram para a causa da canonização. Refletindo sobre a atualidade de dois santos enfermeiros da Família Salesiana, a Irmã Maria Troncatti e o Irmão Artêmides Zatti, ele declarou: “Nossa sociedade está doente e precisa de cuidadores e de cuidados”.

Um dos momentos mais emocionantes da celebração foi o testemunho de Juwa Bosco, o equatoriano curado por intercessão da Irmã Maria Troncatti. Juwa contou o grave acidente sofrido em 2 de fevereiro de 2015, quando uma pedra de esmeril atingiu sua cabeça. Depois de receber alta do hospital, quando os médicos o consideravam em estado vegetativo irreversível, sua família e sua esposa Natalina começaram a rezar com a imagem de Irmã Maria Troncatti. Ele testemunhou que, embora não fosse muito próximo de Deus antes do acidente, sua relação com Deus “mudou profundamente” após a cura, por meio de Irmã Maria Troncatti.

Mãe, Missionária, Artesã de Paz e Reconciliação
O lema escolhido para a canonização da Irmã Maria Troncatti resume bem a sua vida de santidade. Nascida na Itália, ela se tornou missionária no Equador, onde colocou suas habilidades como enfermeira, catequista e evangelizadora a serviço das comunidades indígenas Shuar e dos colonos, unindo ação concreta e espiritualidade a serviço do bem de todos.

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