O exercício contínuo
Com o trabalho braçal
É benéfico e é legal,
É uma tarefa sublime.
O que você for cumprindo
Com gosto de exercitar
Jamais vai lhe cansar
Ou lhe deixar chateado
Quem vive bem ocupado
Não sente a vida passar.
Eu digo e torno a dizer:
Se você cai no fracasso,
Pega a corda e jogue o laço,
Não deixe o bode correr...
Nem é preciso dizer,
Que vale apena esperar,
Que a vida vai melhorar,
Cedo, ou tarde, ou atrasado.
Quem vive bem ocupado
Não sente a vida passar.
Quem vive lá no sertão
Sabe bem que Deus ajuda
A quem bem cedo madruga
Pra fazer sua oração.
É a primeira obrigação
Antes do rosto lavar
Aí vai se preparar
Para cuidar do roçado...
Quem vive bem ocupado
Não sente a vida passar.
O hábito de escrever
Também gera ocupação,
Para mim é diversão
Bem como o hábito de ler.
Se algo tenho a fazer
Faço sem titubear
Proibido é cochilar,
Preciso estar acordado...
Quem vive bem ocupado
Não sente a vida passar.
Ou querendo ou sem querer
Toda criatividade
Tira a ociosidade
E faz o cara crescer.
Quem não escreve nem lê,
Nem gosta de pesquisar,
Corre o risco de cansar
E ficar ressabiado.
Quem vive bem ocupado
Não sente a vida passar.
No sertão do meu Nordeste
É bom mesmo acordar cedo...
Nas ramagens do arvoredo,
A passarada desperta
Em alvorada de festa
Começa o dia a cantar.
É hora de despertar
Deixando o sono de lado.
Quem vive bem ocupado
Não sente a vida passar.
Na vida salesiana
Aprendemos com Dom Bosco
A fazer tudo com gosto,
Senão a coisa não anda.
Uma tarefa bacana
É o dever de estudar
Para poder se formar
No objetivo almejado:
Quem vive bem ocupado
Não sente a vida passar.
Padre Valdemar Pereira dos Santos, SDB